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Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Uma dica para que em 2011 o Ano Novo signifique vida nova...

Ano Novo, vida nova!

Assim diz o povo, desejoso de que ao raiar de um novo ano as coisas sejam melhores no amor, no trabalho, nos negócios, enfim, de que tudo seja melhor que no ano que passou para história. A esperança de dias melhores nasce junto com o ano que surge...

É lícito e bom desejar e esperar coisas boas. Se sonhar não fosse próprio do homem, na única hora que ele parece morto para os problemas da vida, isto é, quando está dormindo, ele não sonharia...

E mesmo nesta hora, semi-desligado da realidade, ele sonha com situações paradisíacas tanto quanto sonha com situações que são mais terríveis que um filme de horror... e, às vezes, é tudo tão real...

Não raro os sonhos parecem uma realidade. Raramente, contudo, a realidade se parece com os sonhos...

O homem, ser pensante, é um navegador exímio quer das águas da realidade quer das águas da ilusão. Ele passa de um oceano a outro no clique de uma idéia. Nesta navegação, cada qual é capitão de seu próprio barco: sua consciência.

Logo, há todo tipo de navegador. Uns navegam com prudência, outros de modo inconseqüente, outros vivem atracados na ilusão, outros na realidade. E assim vamos navegando de mar em mar, entre ondas de realizações e ondas de decepções...

Sempre costumo provocar as consciências – barcas da navegação do humor – a considerarem, nestas navegações - planejadas ou não - uma rota desafiadora. Não se trata de uma rota fixa e determinada para águas da realidade ou para águas da imaginação sonhadora. É uma rota mista, mas, organizada por padrões equitativos, que tangem sempre o limiar do possível...

De fato, para que a realidade transcenda o limiar do possível sem que seja um sonho divagante, é preciso sempre atracar para reabastecimento no Porto da Divina Providência. Todas as embarcações dependem deste Porto. Mesmo aquelas que não reconhecem sua bandeira. Sem Ela, realidade é só realidade sem sentido e sonho é só sonho sem realização.

Sonho sadio que se torna realidade saudável é a pororoca entre dois mundos de forças distintas, embora, pertencentes à mesma natureza...

E qual é a bússola de navegação que uso para “provocar” as consciências navegantes?

A escolha!

Sim, a escolha. Costumo dizer que o elemento no homem que o configura àquilo que as Sagradas Escrituras chamam de “imagem e semelhança de Deus”, é a capacidade que o homem tem de fazer escolhas refletidas usando o logos (razão), faculdade que o torna o SER dominante de todo reino natural.

E esta bússola sempre aponta magneticamente na direção de um norte, como referência para que não percamos o rumo quer quando navegamos na realidade quer quando navegamos nos sonhos.

Este é o norte da sensatez. E para aprender a se guiar por esta bússola é preciso se situar geograficamente no plano das escolhas. De forma prática isto se traduz em duas questões fundamentais:

- Você quer em 2011 – e nos demais dias da sua vida – diminuir ou eliminar as decepções, frustrações, angústias com a rotina da realidade ou ansiedades com a compulsão dos sonhos, tal como - para sua tristeza - aconteceu em anos anteriores?

Então, diminua as expectativas para o futuro de 2011 e seguintes. Pelo menos elimine os excessos das suas expectativas. Não são salutares

- Você quer que em 2011 – e demais – repetir o sentimento de fracasso, decepção, falta de êxito ou sucesso, após percorrer longo e exaustivo caminho?

Então, continue alimentando como expectativa de realidade factível o que é apenas sonho, fora do alcance do possível, sem que você construa antes toda o exigente percurso para que a Providência Divina complete a obra de suas metas, no tempo certo...

Que horror! Quanto realismo pragmático e sem colorido há nestas palavras, poderão antecipar-se na opinião os mais apressadinhos na ambição...

Contudo, como eu disse, há uma pororoca entre a realidade e o sonho, logo, existe um jeito de navegar de um oceano a outro sem afundar o navio da consciência num ou noutro oceano e sem fazê-lo ir a pique exatamente no ponto onde se encontram...

Por isto disse que é necessário, antes, planejar a rota, seguir um mapa e orientar-se por uma bússola...

A rota define antecipadamente em quais águas vamos navegar. Se estivermos navegando nas águas da realidade possível e factível, então, vamos navegar em velocidade de cruzeiro. Se estivermos navegando nas águas da imaginação sonhadora, é melhor fazê-lo com o motor ligado em reverso e, sempre que possível, manter o navio bem ancorado...

Seguindo o mapa da sensatez, vamos acolher com serenidade a contemplação do horizonte dos sonhos com mãos firmes no leme da realidade... Os sonhos são o cenário ao longe, e compõem a paisagem da navegação dando-lhe os marcos necessários para se atingir as metas possíveis...

Tudo isto deve ser feito, para uma navegação sadia da consciência, sem perder de vista a relação perene entre os marcos mapeados no horizonte dos sonhos, o norte magnético da escolha livre e comprometida com a prudência e com a desafiadora imponência da realidade...

O que passar disso já é território da misteriosa pororoca entre realidade e sonhos, que só se consegue atravessar com êxito e sem riscos, cumprindo-se a boa regra de uma navegação planejada com os recursos acima elencados para travessia dos mares.

Caso contrário, você corre o risco de transformar o ano de 2011 num Titanic de presunção - ansiosa e inconseqüente - dos sonhos cheios de ambição, que não levam em conta a força natural dos icebergs da Providência Divina... os quais, tanto podem servir para serem contemplados como maravilhas dos sete mares pelos navegantes que sentem-se sempre pequenos diante da Criação Divina, como podem afundar num só golpe os que se sentem acima de tudo e de todos, achando que o casco de suas realizações temporais jamais poderão ser rachados...

Enquanto não possuo os recursos necessários para construir o barco da Obra dos Pequenos Monges do Pater Noster, vou estudando a Rota da Vontade Divina, mapeando as enconstas litorâneas em duras e longas jornadas à pé, e construindo pouco a pouco um bússola de precisão com as limalhas minúsculas da escolha de procurar fazer antes a Vontade de Deus que a minha própria...

E não me importo de dividir com você de modo gratuito e espontâneo a ciência dos sete mares do Espírito para que, caso você já tenha o navio da sua consciência pronto, possa cruzar os oceanos da realidade e dos sonhos numa viagem proveitosa para sua existência na terra...

Mas também não me importarei se, daquilo que sobrar das provisões do grande e belo navio de sua consciência, puder dispor para esta pequena Arca de Noé em construção que é a Obra dos Pequenos Monges do Pater Noster, que haverá de compor a frota comandada pela Nau de Pedro...

Feliz jornada em 2011!

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

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