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Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

domingo, 29 de junho de 2014

NÃO LEIA! Duro de engolir, difícil de digerir e impossível não embrulhar a alma...

Francamente, depois de um jejum forçado de mais de um ano sem postagens neste blog, se na última postagem, onde eu me atrevi dizer que preferia correr o risco de ficar “mal da fita” com a opinião alheia que trair minha consciência, hoje, suspeito, que aquilo que irei registrar aqui pode beirar a autodestruição de minha ignóbil aventura de escritor.
Não importa. Minha consciência, ainda que moribunda pela percepção do incrível nível de alienação do interesse coletivo, haverá de expirar, em paz, os últimos suspiros de lucidez numa época impiedosa com duas verdades: a verdade da razão (natural) e a Verdade da Fé (sobrenatural).
A sanidade mental e espiritual urra o brado de um quase desespero, na cruel batalha em que a lucidez de maltratadas consciências individuais, torna-se mártir da ignorância do inconsciente coletivo, como o denomina o psicologismo barato a la Freud.
Consciente da marcha rumo ao calvário palmilhado por letras que permanecerão pregadas desde o alto do abandono de ideias há muito crucificadas, me atirarei - contra o desprezo que me aguarda - como quem salta de um avião sem prevenir-se com um paraquedas reservas.
Imprudência? Amadorismo? Inconsequência? Risco calculado para experimentar uma dose extra de adrenalina intelectual? Tentativa de suicídio literário camuflado? Desespero emocional, racional e espiritual de quem está admitidamente ofuscado pela falsa claridade do iluminismo cultural?
Permito-lhe, querido leitor: seja você meu juiz... ou meu algoz!
Mas, se faço de meu próprio texto um libelo contra mim mesmo a serviço do seu senso crítico, não garantirei que será um libelo facilitador de compreensão ou entendimento. Sua hermenêutica, neste caso, terá de conviver com amargura o opróbrio pavoroso de minhas conjecturas mentais agonizando o suplício do mais absurdo abandono. Qual? Não, não é o abandono de mim mesmo, mas, o abandono – por parte de esmagadora maioria – da única coisa que ainda fazia sentido para mim, por ser a última referência da Verdade numa história eivada de mentiras: o abandono paulatino e progressivo, por parte da Igreja, do Patrimônio Moral e Doutrinário que ela herdou de Cristo e dos Apóstolos... que ela herdou de Cristo e dos Apóstolos... que ela herdou de Cristo e dos Apóstolos...
Neste sentido, a Igreja, parece entregar-se deliberadamente à morte na participação da Vida Divina. Concluir que ela, a Igreja, está deixando morrer o Cristo dos Evangelhos nela, para permitir surgir em suas próprias entranhas o germe do anticristo na forma de uma pavorosa apostasia, praticamente eu assino minha sentença de “morte” sacerdotal, atrevendo-me a publicar esta indizível realidade do agir temporal que faz sucumbir a Atemporal Ação de Graças de todos aqueles que nos precederam na Fé...
E tudo isto, na Solenidade de São Pedro (também de São Paulo), que recebeu de Cristo a promessa de que as portas do Inferno não prevaleceriam contra a Igreja... se bem que não prevaleceram contra Ele próprio, muito embora, Ele tenha Se entregado livremente, permitindo-Se ser destruído na Cruz para descer à mansão dos mortos, não é mesmo?!
E se bem também, que Pedro, o Primeiro Papa, teve Paulo para confrontá-lo em suas incoerências judaizantes, sob o auspicioso patrocínio da cumplicidade silenciosa dos outros Apóstolos, diante da parresia do Apóstolo Abortivo, não é mesmo?!
Que Paulo, ainda hoje fora dos muros da antiga Roma e do atual Vaticano (São Paulo Fora dos Muros), surja, para lembrar a Pedro que o Evangelho não é propriedade da cultura humana, sob a ótica do monoteísmo judaico-cristão-islâmico, ou mesmo pagã (no sentido de não monoteísta)... o Evangelho é propriedade de Cristo, que irá reclamá-lo... pelo visto, em breve, muito tem breve...
Duro golpe para a Verdadeira Fé o que se engendra neste pontual momento da história...
Duro golpe para meu 4º voto especial de “amor ao clero sem limites e sem julgamentos” (São Francisco de Assis) ter de admitir minha completa falência interior diante dos fatos, embora, eu tivesse já escrito sobre isto há mais de 10 anos, quando publiquei o livro Paixão, Morte e Ressurreição da Igreja...
Duro golpe para meu 6º ano de vida sacerdotal publicar, aqui, neste bolg de “provocações do pensamento”, a mais aguda “provocação” contra minha própria consciência religiosa, moribunda no patíbulo de um Sínodo que só irá acontecer em outubro deste ano de 2014... o primeiro de três outros que farão gemer o Céu e sangrar a Terra...
É... farão gemer o Céu e sangrar a Terra...
Bem que eu avisei para NÃO LER, porque tão crua verdade é dura de engolir, difícil de digerir e impossível de não embrulhar a alma...
Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

sábado, 28 de junho de 2014

Em tempo de Copa... batendo a cabeça na trave!

Quando inaugurei este blog, há alguns anos, não pensei prioritariamente em resultados. É claro que qualquer escritor que se dedica a juntar palavras compondo sinfonia de ideias, deseja alcançar um público leitor. Seria hipocrisia – mais uma, dentre tantas (visto que sigo preferindo me acusar que a outros) – de minha parte, não considerar isto. Todavia, esta que é uma razão inerente a qualquer um que escreva, neste blog, é mais secundária que primária. Como razão primária, escolhi o mote do blog: “provocação do pensamento”.
Sim, “provocar” o pensamento: convidando, chamando, às vezes apelando para que o uso da razão não se renda quer à odiosa presunção intelectual quer à terrível apatia – apodrecida ou preguiçosa – do raciocínio. Tarefa de equilíbrio que tange a irrealização.
Seja como for, tentei cumpri-lo em muitas postagens. Se não consegui para além de mim mesmo, atingi o objetivo para dentro de mim mesmo, na medida em que expurguei em cada letra, palavra e frase, todos os pensamentos que me provocavam na eterna busca pela verdade íntima de todas as coisas. Note-se: verdade íntima, não, verdade aparente. Verdade que cobra da própria consciência, não da consciência alheia. Verdade dos fatos, não das opiniões sobre os fatos.
Trazer à tona os movimentos internos dos meus pensamentos, em forma de textos por vezes obtusos (reconheço) pela linguagem que parece embotada, vítima do gigantismo da tremenda falta de cultura de nossos dias, exigiu-me, desde o princípio, a despretensão do crédito alheio. Essa mesma liberdade permitiu-me devolver-me ao silêncio sem maiores satisfações aos mais de 15 mil leitores deste blog.
Dentre eles, àqueles mais assíduos, estou seguro que meus respeitos foram demonstrados e compreendidos pelo necessário hiato do meu silêncio prolongado. Minha palavra, aqui, não é, jamais, para além dela mesma. É tão somente: nela mesma.
Se minhas reflexões ou “provocações do pensamento” – frize-se: em favor da purificação do raciocínio em mim mesmo – reclamaram um certo silêncio obsequioso, não foi só isto que me afastou de novas publicações desde a última postagem em 2013. Pesou, sobretudo, o dever de priorizar um mal sucedido contrato comercial com a JMJ acontecida no Brasil ano passado. De toda forma, ainda com gosto de cinzas na boca, volto aqui para reinaugurar mais um período de “provocações”.
Numa frase bem oportuna: estou na área. Embora seja mera coincidência que isto aconteça durante a Copa do Mundo de Futebol!
Tendo estado “de molho” durante o desenrolar de mais um aparente fracasso, retomo a arte de fazer da palavra uma lâmina, a separar o que jamais deveria ter se misturado na razão humana. Refiro-me à contundência da verdade calcada na essência das coisas e a mais absurda pretensão de todas as épocas: o relativismo hermenêutico devedor da conveniência.
Xô lero lero... enganar para me dar bem é tudo o que eu não quero!
Pululam em mim pensamentos “provocantes”. Para muitos, eles serão nenhum pouco cativantes. Para a emoção das massas: irritantes...
Que fazer? Se eu desejasse me “dar bem” com minhas palavras, teria de trair minha consciência. Entre viver bem com minha consciência e malfadado com a opinião alheia, lamento informar: no dia final que me aguarda, nenhum aplauso me valerá para aplacar o juízo de mim mesmo e tampouco o Juízo d’Aquele que não erra na sentença e nem faz do ego coletivo testemunho válido no veredito das almas.
Neste espaço que me é oportuno não me apetece acumular a riqueza da opinião alheia. Antes, me serve para dividir a pobreza de minha própria opinião.
Se o mal estar coletivo dos leitores, eventualmente me punir, benfazejo me será o bem estar das almas que, instigadas pela minha “provocação”, assim como eu mesmo, hão de preferir fazer destas ideias uma bela carapuça para si próprias.
E é bem deste modo, após mais de um ano sem postar aqui, que desejo retomar um ou outro texto para fazer rolar a bola no campo das ideias, em plena Copa do Mundo, onde as pernas, mais que as cabeças, valem: milhões de vozes apaixonadas e de dólares patrocinados. Nada contra elas, as pernas habilidosas. Nem contra os meritórios atletas que sabem explorá-las para delírio das massas. Talvez, algo contra mim mesmo, que escolhi usar a cuca invés de chuteiras, para meu próprio delírio e desgosto daqueles que fazem do grito de gol uma vitória contra tantas desilusões.

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN