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Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

Houve um tempo em que tais princípios valiam a vida de uma pessoa. Havia quem era capaz de colocar em risco a própria vida para defender sua honra. Pessoas duelavam – com espada e arma de fogo – numa luta igual e justa para provar a veracidade de sua honra...

Os brios mexiam internamente com os rubores do caráter e causavam calafrios à honestidade...

Foi-se o tempo...

E, com ele, a honra como dignidade que soma: lealdade, caráter e honestidade...

Na era midiática em que o mundo real vai se acostumando com a predominância dos personagens, todos cumprem um papel. A enxovalhada de novelas, com suas figuras variadas e exóticas, espelhadas no tecido social ou no imaginário coletivo, varrem o espaço televisivo numa competição frenética entre as emissoras, durante o dia e à noite...

Os reality shows vão se tornando - num progresso fenomênico - aquele espaço que adapta, quase que por um processo simbiótico, os personagens fictícios às pessoas reais do dia a dia, num tremendo vale tudo moral, ético, religioso, etc. O parâmetro de universalidade é a competição para ver quem é mais capaz de ser menos leal, mais capaz de andar sobre o muro com o caráter e a personalidade segundo “o jogo” e, por fim, menos capaz de ser honesto com a própria consciência, se isto pode valer uma eliminação da competição...

As redes sociais???...

Nelas sim, é que o baile de máscaras é uma “balada” que acontece 24 horas por dia, 7 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano... esqueci alguma coisa? Bem... não há feriado, férias ou dias santos. Aliás, é justamente neles que o ritmo do baile de máscaras é total fissura...

Os nicknames, cheios de significados simbólicos segundo a ilusão de cada qual, são o paradigma de significado dos seres que se identificam pelos sonhos surreais que apresentam, no mundo virtual (mais sólido em realidade por bites de navegação, que qualquer outra coisa).

O parâmetro universal da honra é: todos somos aquilo que não podemos ser... desde que postado no perfil, embutido no nikname ou expresso pelo vínculo com a tribo e por aí a fora...

É um “ultra-mega-power” show de anarquia comportamental... Um psicodrama do mundo real no mundo virtual... Uma tragicômica novela da vida real... Um clássico do terror em sonhos de olhos abertos... um pastelão em horário nobre das oito (oito para qualquer hora)...

Neste turbilhão do “é normal”, o único lampejo de honra nesse ambiente que invadiu com toda imponência, força e capacidade de dominação a nossa rotina, é o direito ao “sigilo” “garantido” pelos “contratos” (tudo entre aspas) das redes sociais... até que seja quebrado pelas propositivas falhas de segurança...

Olhando para este cenário, lembrei-me de uma piada que sempre julguei intrigante o fundo moral...

Vou narrá-la.

Que horror!!!... um padre contando piadas na internet?!... “O mundo está perdido mesmo”, há de dizer a carolice escondida atrás de algum nickname para escapadinhas “secretas” nas ondas da virtualidade...

Sem escrúpulos vou contar, sim, afinal, já disse, me implica o fundo moral dessa piada, que indica à minha consciência por onde anda aquela antiga honra dos princípios que incluem lealdade, caráter e honestidade...

Que honra?! Aquela mesma honra que faria, mesmo um pecador como eu - que não é diferente de todos aqueles que são vítimas do mundo em que se vive - trinitar de rubor até brandir uma espada em defesa da honra (não por causa de uma suposta inerrância, mas, pelo dever moral de se manter a sanidade coletiva, tão decadente)...

Sem “churumelas”... vamos à anedota...

Um homem morreu. Adentrou um grande corredor com pé-direito alto (altura do teto), largura razoável e comprido toda vida. Não se podia ver seu final. A luz era de penumbra. Ao longo do corredor, dezenas de portas marrons combinando com o assoalho, tanto à direita como à esquerda.

O sujeito recém morto começa a andar e à medida que passa na frente de cada porta escuta sons diversos. Numa, choros de bebês. Noutra, berros de crianças com medo. E assim sucessivamente: mulheres gritando, homens agonizando, gemidos terríveis, etc.

O defunto sabia que teria que entrar numa dessas portas. Não sabia qual. Mas, pensava consigo: “que horror, nesta eu não entro nem que a vaca tussa”... lá pelas tantas, deteve-se diante de uma porta e, implicado com um certo silêncio intermitente, rompido só pela fala uníssona de vozes masculinas em tom de repentina surpresa: “óhhhhh! Lá vem ela!”...

O morto imaginou: “uai (devia ser mineiro sô!)... deve ter um mulherão aí... ô trem bão! Me dei bem... é aqui que eu entro!”...

No abrir a porta, subitamente caiu num fosso...

O fosso estava cheio de bosta (perdão Senhor, pela inconveniência do termo!... mas, pensando bem, se São Cura Dar´s rezava sentado ao vaso e fez questão de dizer para o demônio que o que descia era dele e o que subia era de Deus, porque eu não posso fazer o mesmo com minhas “provocações” que pretendem levar à uma tomada de consciência?!)...

Bem, o fato é que o morto caiu naquele fosso cheio de b...

Havia uma multidão de homens lá, todos falecidos. O detalhe é que cada um caía numa loca que era necessário ficar na ponta dos pés para não chafurdar a boca na b...

De quando em quando passava uma lâmina cortante – afiadíssima – rente ao monte de b...

Aí, a solução era uma só: mergulhar a cabeça na b...

No intervalo entre uma e outra passagem da afiadíssima lâmina, todos levantavam a cabeça e respiravam aliviados, mantendo a concentração e tomando fôlego, para sobreviver ao próximo mergulho na b...

Quando a lâmina apontava no único horizonte existente, a gritaria era geral: “lá vem ela...”

Pois é. Acabou a anedota... mas, a piada continua, na vida real...

Opa... lá vem ela...

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

Um comentário:

  1. A vida é feita de escolhas...temos liberdades
    para decidir..e tudo que plantamos colhemos...

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