Páginas


Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

UM ASPECTO DA RENÚNCIA DE SI... adeus Freud!

O ser humano é um ser sensível. É fortemente afetado por tudo o que acontece em torno dele mesmo. Esta é a força inerente ao homem que o torna fraco. É a força que o derrota.

Sim, isto mesmo: o ser humano é derrotado pela força de sua sensibilidade. É aí que ele se torna fraco. Às vezes, inútil...

O ser humano foi criado à Imagem e Semelhança de Deus para dominar todas as coisas.

E o que deve fazer, então, para dominar a si mesmo?

DEVE DERROTAR A FORÇA DE SUA SENSIBILIDADE!

Não deve elimina-la, destruí-la – porque aí se tornaria desumano consigo próprio e com qualquer outro – mas deve subjugá-la, isto é, deve exercer domínio sobre ela!

O homem deve ser senhor da força de sua sensibilidade...

Se não subjugar sua sensibilidade, será escravo dela!

Se, ao contrário, subjugar sua sensibilidade, será senhor dela e de si próprio e exercerá senhorio sobre todas as coisas com justiça e condescendência.

Tal é o Cidadão do Céu! Aquele que derrota a si mesmo antes de ser derrotado pelo mal que é capaz de fazer!

Tal é o súdito do Rei: aquele que permite que sua própria sensibilidade seja colocada “sob o escabelo de seus pés!”.

Por esta razão Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou que o Reino do Céu é dos violentos... isto é, daqueles que praticam a violência contra a própria vontade, a fim de realizar tão somente a vontade de Deus!

Para o mundo, esta violência é insana... melhor soltar, freudianamente, “os escorpiões negros da caixa fechada”...

Em nossos dias, pensa-se livre aquele que nada domina em si mesmo, entregando-se voluntariamente a tudo e a todos...

Ora, se o homem nada domina, nem a si mesmo, então, resta concluir que é dominado por tudo, inclusive, por suas forças internas descontroladas, logo, ele é escravo, não é livre! É escravo até na idéia que tem de escravidão, que na verdade é prisão!

Ao contrário, aquele que escraviza seus impulsos mais recônditos, mantendo cativas suas paixões mais recolhidas, este é senhor de si por ser capaz de fazer de si mesmo escravo das escolhas seletivas, mesmo que eventualmente falhe, caso se erga da falha – pois não há quem não cometa erros - disposto a começar tudo de novo...

Ora, quem coloca vontades indômitas no cárcere da escolha, torna-se livre delas, portanto, é verdadeiramente livre! Este é livre até na idéia que tem de escravidão, que na verdade é paraíso!

Eis o engodo do paradigma contemporâneo estabelecido por uma pseudo verdade fundada nesta falsa liberdade: a geração coca-cola, cheia de ideais de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, colocou a si mesma no maior gueto da história... O gueto da consciência enganada e aprisionada pela perversão inconsciente... E pasmem: todos se vangloriam livres neste pavoroso calabouço do arbítrio sem regras ou limites...

Freud, “grande” ‘gênio’ da natureza psíquica do homem moderno ajudou-o a abrir a “caixa com os escorpiões negros” e a avançar a “placa com luz vermelha que piscava pare o tempo todo”... em gritantes letras vermelhas: PARE!...

E garantiu com arrogância que curaria os males do desequilíbrio comportamental...

Apostou na libertação do homem, tornando-o, agora, cativo dos “escorpiões negros” que, ao escaparem da caixa que outrora estava lacrada, povoaram a sala, a casa, as ruas, os bairros, as cidades, os países, os continentes, o mundo...

Lá estavam esses seres imaginários, demônios trancafiados no inconsciente individual e coletivo. Agora, soltos, reinam na consciência dos vangloriados da máxima liberdade sem padrão moral para vagar pelo mundo e manter o homem cativo, prisioneiro de si mesmo, escravo de sua própria desordem...

E a turma ainda paga para abrir a tal caixa...

Oh infelicidade quase perpétua, onde está o teu aguilhão, para que novamente sejam trancafiados os demônios em forma de “escorpiões negros” que nos picam o calcanhar da existência com o veneno mortal da vontade indômita desses aracnídeos da ilusão???...

O precursor d’Aquele que tornou cativo estes seres que iludem a realidade do homem, há mais de dois mil anos, deu-nos a chave deste cárcere, que deve ser jaula para os tais “escorpiões negros” que emergiram do nosso inconsciente para a nossa consciência...

Que chave é essa?

Ei-la: É PRECISO QUE ELE [o Criador] CRESÇA [no meu sentido de existência] E EU [a Criatura] DIMINUA [na pretensão de ser o que não sou com o propósito de me permitir o que não convém]!

Crescei em nós, ó Cristo Deus! E fazei diminuir – até a total inexistência – as nossas vontades indômitas, dando-nos o vosso poder: “Eis que vos dei poder para pisar serpentes, escorpiões e todo o poder do inimigo” (Lc 10, 19).

Mas, neste dia 24 de junho de 2010, Solenidade do Grande e Último Profeta de Israel, quem irá me ouvir???

Afinal, tudo em volta diz o contrário, pensa o contrário, sente o contrário, ensina o contrário...

Estou, como ele, no deserto... Mas, como Santo Antão, socado na rocha para fugir da insanidade do mundo, digo:

_ se cá, na gruta da minha consciência, aparecerem estes tais aracnídeos negros libertados por Freud e seus compassas iluministas, ignorá-los-ei para que se dissipem no espaço como ilusão que são de uma realidade distorcida pela pretensão de conduzir-me para além do que sou: um pobre pecador, que não aceita passivamente a triste inclinação para o pecado!

Livrai-me, Senhor, da religião do divã, defendida com fé devotada pelos discípulos de Freud, que exercem o sacerdócio clínico do arbítrio, fazendo emergir das profundezas do inferno da “caixa de pandora” – o inconsciente - as perversões mais inaceitáveis como coisas “normais”. Para tanto, basta seguir a escritura profana da pseudo ciência psicanalítica que afirma pseudo verdades, em nome de uma pseudo liberdade...

E se o senso comum aprova tamanha estultice como caminho de cura e salvação do homem, então, que ao menos esta minha voz que clama no deserto seja um aspecto lícito da renúncia de mim mesmo...

E se minha cabeça for considerada retrógada o bastante para ser solicitada numa bandeja, que seja então de barro, pois não sou digno de sequer desatar as sandálias do Precursor de Jesus Cristo, verdadeiro médico das almas, visto que aquele teve a honra de ter sua cabeça carregada numa bandeja de prata... é no mínimo curioso que tenha sido a perversão pela enteada - por parte de um rei adúltero - que tenha lhe valido este prêmio por amor de Deus...

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

SOLENIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

Ano de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário