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Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Juízo Final - Dom Farès Maakaroun

O Juízo Final (Mt. 25, 31-46)

Amados filhos meus,

No Juízo Final, Jesus terá um olhar de Misericórdia mesmo para os tiranos e genocidas. Mas àqueles que conscientemente desprezaram a Verdade, Ele dirá apenas: "Não vos conheço."

Essa conduta assinala, precisamente, o pecado contra o Espírito Santo, o obstinado e consciente desprezo da Verdade; o único pecado que a Graça não pode perdoar, nem neste mundo nem no outro.

Essa conduta assinala a falta de "Respeito" contra o Espírito Santo.

"Respeito" vem de re-spicere, que sugere a idéia de olhar o mesmo objeto duas vezes e reconhecê-lo. Aquele a quem nem o Próprio Deus reconhece não pode, por definição, ser objeto de respeito.

O Juízo Final refere-se ao final da história do homem sobre a terra. Ao mesmo tempo, meditando o Evangelho de Mateus, devemos afirmar que tal juízo realiza-se constantemente. Continua sempre e em todos os dias da nossa vida. Afinal, todos os dias a divisão nesta “direita” ou “esquerda” acontece para nós em cada escolha e decisão que devemos tomar na vida.

Por isso, a Verdade sobre o Juízo é sempre dos nossos dias, sempre atual. Não pode ser transferida para um futuro desconhecido. É preciso vê-la “aqui e agora”. Esta Verdade se refere a cada um de nós! Ao mesmo tempo, ela é condição essencial da nossa Salvação, conseqüentemente da nossa Felicidade, aqui e muito além daqui.

“Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?”. Nesta imagem do Juízo, que Cristo faz do fim do mundo, fica evidente a Vontade de Deus. Porque nela se exprime a Eterna Vontade de Salvação do homem. “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu Seu Filho Único, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3, 16).

Mas, como o homem, pode salvar-se para ser Feliz Eternamente?

Na parábola do Juízo Final, Cristo dá a resposta: O preço da Eterna Salvação, a ser pago por cada homem, é um só, o preço do Amor e do Perdão, o respeito por essa Verdade Inviolável. Quem despreza a Verdade, o Caminho e a Vida Plena, do Poder do Amor e do Perdão, não é digno de respeito.

“Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?”, perguntam aqueles que, durante o juízo, estarão do lado direito. O Filho do homem responde: “Na verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isto a um destes, Meus Irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes” (Mt 25, 40).

Amados meus, o Senhor vem continuamente na nossa vida. Portanto, é oportuno como nunca o apelo de Jesus, que nos é proposto com vigor:

"Vigiai!" (Mc 13, 33.35.37).

Vigiai, amados meus, qual é o lado que estamos escolhendo estar nesta vida e muito além dela?

Vigiai, amados meus, porque cada um, na hora que Deus conhece, será chamado a prestar contas da sua própria existência.

Vigiai, amados meus, qual é o valor justo que estamos dando ao nosso desapego pelos bens terrenos.

Vigiai, amados meus, o nosso arrependimento sincero pelos nossos próprios erros.

Vigiai, amados meus, a caridade verdadeira em relação ao nosso próximo.

Vigiai, sobretudo, meus amados, a nossa entrega humilde e confiante nas mãos de Deus, o nosso respeito a Verdade do Nosso Pai Terno e Misericordioso.

Amém! Aleluia!

Dom Farès Maakaroun

Arcebispo da Igreja Católica Apostólica Greco-Melquita no Brasil

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