Páginas


Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

II CARTA ABERTA EM DEFESA DO PAPA BENTO XVI (fevereiro de 2010)

Publico, hoje, neste blog, a segunda carta aberta dirigida ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, fruto da observação feita ano passado sobre a sequência de campanhas laicistas contra o Sucessor de Pedro, desde que assumiu o pontificado.

II CARTA ABERTA EM DEFESA DO PAPA BENTO XVI (fevereiro de 2010)

Aos irmãos na Verdadeira Fé e aos Homens de Boa Vontade

"Paz, Saúde e Honra!" (Lit. São João Crisóstomo)

A verdade não precisa de mim nem de nós nem de quem quer que seja para existir, pois, sua perenidade está nos fatos, na realidade que faz com que ela transcenda a si mesma na história, não obstante todo esforço para distorcê-la, corrompê-la, camuflá-la.

Enquanto transmitida por um homem, a verdade reside nas intenções íntimas mais recônditas de quem a comunicou, e não nas hermenêuticas que lhes são aplicadas pelos “intérpretes” de plantão.

Tendo considerado introdutoriamente este movimento dialético entre a verdade em si e as hermenêuticas que se lhe escapam mormente, permitam-me observar um fato: este papado atual vive de modo heróico a controvérsia entre a autêntica percepção da verdade católica e o relativismo cultural que se instalou num modelo cristão-iluminista em voga.

Desde que Bento XVI foi eleito Papa, a cada início de ano, a cada quaresma, um levante corre o mundo contra o Sucessor de Pedro, que por dever de consciência e dever de ofício mergulha seu pontificado nas raízes mais eloqüentes da Verdadeira Fé.

Primeiro foi o discurso de Ratisbona em 09/09/2006, que foi torcido e distorcido de seu contexto, e ganhou potente repercussão internacional com enfoque negativo, tendo o ápice desta retaliação sido atingido no início de 2007.

Depois, no início de 2008, nova onda de ataques por causa do Moto Próprio Summorum Pontificum, promulgado em 2007. A campanha contra este necessário empreendimento pontifical veio da dolorida resistência velada oferecida pelos próprios católicos, conforme o Papa mesmo chega admitir na carta que dirigiu aos bispos em 10 de março de 2009 (vide primeira carta aberta ao Papa). O silêncio inicial das conferências episcopais e as críticas em off de alguns prelados favoreceram a reação hostil da mídia internacional contra o grupo mais tradicional, também acolhido com benevolência pelo Pontífice, que é Papa de todos os católicos, e não desta ou daquela corrente. Isto, claro, favoreceu a falta de escrúpulos de setores anticatólicos da imprensa mundial.

Na seqüência, veio a infeliz e polêmica entrevista de Dom Richard Williamson, um prelado tradicionalista, que através de uma malfadada entrevista forneceu material para que nova carga pesada fosse dirigida contra o Santo Padre, no início de 2009, não obstante Bento XVI em nada tenha que ver com tais declarações impróprias.

E, agora, nos primeiros meses de 2010, a quarta campanha antiratzinger consecutiva desenrola-se de maneira injusta, manipulada e boateira, através de certa onda midiática conduzida pelo chamado lobby laicista (cf. http://www.zenit.org/article-24459?l=portuguese) que se levantou contra o Papa, querendo vinculá-lo aos crimes de pedofilia praticados por padres adoecidos na mente, nas entranhas e na alma.

É neste caso que aparece com maior clareza a possibilidade de sensacionalismo infundado e leviano, que pode ser produzido por grandes e imponentes veículos de informação, como o famosíssimo tablóide americano The New York Times, que, no início de 2010, fez manchete com notícia "podre" (de fontes duvidosas e/ou com intenções escusas e infundadas, visto que os esclarecimentos devidos já estavam amplamente à disposição dos interessados), tentando vincular o Papa ao acobertamento de mais um desastroso caso de pedofilia norte americano.

A capacidade midiática de construir falácias em busca de “manchetes de impacto”, e a decadência moral de muitas de suas estrelas – alguns dirigentes e comunicadores e parte do setor artístico (não todos) - é algo tão absurdamente visível, que temos a impressão de que se abrirmos os olhos de nossa consciência para olhar frontalmente esta evidência é como encarar, a olhos nus, o sol a pino. Todavia, ninguém parece disposto a levantar o olhar para mirar a evidência deste fato, preferindo baixar os olhos e submeter suas consciências a este mecanismo de dominação com grande poder de exposição e visibilidade. E quem, desavisadamente, encara os raios da “luminosidade” midiática sem usar os “óculos” dos interesses libertinos da cultura de mass media, queima a “retina” da visão lúcida, ofuscando, de quebra, a própria imagem.

Para lidar com este fenômeno sem deixar de encarar a verdade dos fatos, usemos, portanto, as lentes "fotocromáticas" da visão interior, que perscruta as intenções mais profundamente dissimuladas dos indivíduos e da coletividade, para expor a hipocrisia dos que se acreditam transparentes.

Pois bem. Deste modo vai se construindo a cultura de morte numa parceria entre duas potências antagônicas, que buscam o mesmo propósito libertino. De um lado, o Estado Moderno, que coloca como premissa suprema a instituição da liberdade como um direito a ser concedido acima dos deveres a serem cumpridos. De outro, os mass media, que estão fundados no princípio absoluto de que o direito de instituir a relatividade moral é um dever a ser imposto a todos, sob a alegação falaciosa de que isto é democrático.

Assim, no Brasil, entre PNDH's, novelas e Big Brother's, ritmos musicais indutores de mensagens subliminares permissivistas e todo o resto “vendido” sob o pretexto das novas tecnologias com as mesmas antiquíssimas políticas do “pão e do circo”, há um gigantesco esforço para induzir as massas ao relativismo moral social que é a causa primeira de desvios morais individuais graves.

Permitam-me, então, desabafar algumas indignações contra aqueles que se “indignam” com tanta facilidade com as falhas pontuais de indivíduos isolados dentro daquelas instituições que primam pela retidão moral, imputando – de modo indevido, injusto e maquiavélico – o ônus do desmando específico de uns ao conjunto sóbrio e reto de instituições moralmente sadias, especialmente contra a Igreja Católica e seu Pontífice.

Ora, indaguemos: como podem, por exemplo, os dirigentes do Estado e da Comunicação Social pretender instituir a legalização das perversões sexuais (como as propostas pelo Plano Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 do Governo Federal e aquelas promovidas pela cultura midiática, por exemplo), postulando que crianças já marcadas pelo drama da separação com os vínculos sangüíneos sejam adotadas e educadas por casais homoafetivos, os quais, em via de regra (não obstante possa haver exceções também aí), dizem respeito a pessoas com profunda marca de desordem interior, afetiva e emocional, de grande potencial reativo, e intensidade sentimental capaz de deixar a razão e a sensatez de lado, para serem consideradas só em segundo plano, precedidas pelas compulsões do desejo instintivo?

Como podem esses mesmos indivíduos formadores de opinião pretender que se entreguem crianças indefesas para serem criadas por pessoas que fazem opção sexual baseadas, quase em sua totalidade, nas experiências sexuais indevidas e impróprias realizadas na infância e na adolescência, vítimas que foram, em sua ampla maioria, de abusos cometidos por gente adulta desequilibrada e inescrupulosa?

Acaso, a raiz da opção sexual antinatural, assumida em grande razão dessas marcantes experiências infanto-juvenis, não configura essas pessoas ao terrível quadro da pedofilia sofrida de adultos - ou cometida entre os próprios adolescentes - à época em que isto se deu? Claro, com a diferença que talvez tenham amado de maneira inocente seus iniciadores numa sexualidade incompatível com a natureza, a ponto de não os considerarem ou os denunciarem como pedófilos de seu passado...

Ou será que essa denúncia espontânea dos abusos sofridos no passado não acontece porque estes indivíduos, que agora promovem ampla e irrestrita liberdade sexual, acabaram por resolver com grande esforço - ou com certa "tranqüilidade" de ceder às novas possibilidades de opção sexual, à revelia da constituição biológica definida por gênero claro e inequívoco[1] - elaboraram seus dramas de puberdade e preferem trancafiá-los como segredinhos "lícitos" de seu passado de iniciação sexual?

Ou será ainda que os casos “mal resolvidos” ou “mal elaborados” ou “não superados” das marcas potentes de uma iniciação sexual imprópria na infância/puberdade são - especialmente para os astros da mídia, que acreditam ter resolvido bem seu passado neste campo (e é possível que muitos o tenham) - uma oportunidade de fazer sangrar "bodes expiatórios" que lhes garantirão um sigilo ainda mais perfeito a respeito do próprio passado, a fim de encobrir melhor as suas “perversõesinhas” que julgam "inocentes", quer aquelas de um tempo distante ou mesmo de um infeliz presente constante?

Afinal, expor o desvio alheio, de casos pontuais de gente doente em instituições moralmente sadias – com o fito de generalizar maliciosamente tais casos isolados vinculando-os impropriamente ao conjunto destas instituições - é também um meio eficiente de mascarar ainda melhor o próprio desvio comportamental...

Não se trata de fortalecer uma “guerra” entre estes e aqueles. Apenas, diante da má fé explícita no caso do levante injusto contra este Papa, se é necessário expor esta difícil questão “ao sol da verdade a pino”, para arrancar das trevas a realidade dos fatos, mesmo que isto “queime” a “epiderme” social da imagem pública de quem fala com ousadia e destemor. E isto deve ser feito por dever de consciência, senso de justiça e coerência com a realidade.

Em meio a isto vale ressaltar o seguinte: se tratar como “natural” as escolhas feitas por contingência de indevida iniciação sexual, por um lado, é inaceitável, por outro, é inadmissível qualquer tipo de discriminação racista e homofóbica - regada à violência e falta de caridade - para com quem se encontra profundamente marcado por experiências potentíssimas que arrastam as escolhas dos molestados (ou induzidos por padrões comportamentais pervertidos) para uma opção sexual antinatural.

Isto tem que ficar bem registrado. É intolerável qualquer prática odiosa contra as pessoas já estranguladas na capacidade de realizar escolhas compatíveis com o padrão normal da natureza.

Mas também não é aceitável conferir super direitos a estas minorias, criando mecanismos legais de privilégio institucional para os grupos homoafetivos, dando-lhes um lugar de destaque no padrão comportamental social, transformando-os num novo exemplo e modelo de união estável, num patente atentado contra a naturalidade. O direito comum à cidadania já garante a todos a liberdade de ir e vir sem privilégios aos grupos comportamentais. Voltamos a insistir naquilo que temos repetido por diversas vezes: os casos de exceção não podem ser transformados em regra geral em detrimento dos padrões naturais e dos costumes da maioria absoluta.

Voltemos, todavia, ao propósito primeiro desta carta aberta. Urge fazer a reparação contra a campanha internacional antirratzinguer promovida nos últimos anos. Partamos de uma exigente questão de contrapartida: é sensato que os meios de comunicação de massa, por vezes, demonstrem tanta ira contra a Igreja, a qual se debruça milenarmente sobre os mais nobres e autênticos princípios morais sadios, produzindo testemunho amplo e majoritário de decência e correção?

Em resposta a isto é preciso que se diga com todas as letras: a Igreja produziu a respeito da saúde interior do homem literatura numa vastidão inalcançada por quaisquer outras instituições nos últimos dois milênios.

Como ignorar tal evidência histórica em decorrência do agir, estrito senso, voltamos a repetir, impróprio e localizado de gente psíquica e espiritualmente adoecida, no interior das instituições moralmente sadias?

Aliás, que outra instituição existe com a mesma "marca" e a mesma identidade há dois mil anos, sem ter sucumbido ao século e à poeira da história, muito embora não lhe tenha faltado tenaz e contínua oposição atroz na trilha dos séculos?

A propósito, talvez disto também advenha o ódio institucional de quem se oponha tão ferrenhamente à Igreja, que atravessa séculos por ser divinamente instituída, apesar dos males que se lhe imputam os homens dentro e fora dela. Afinal, instituições seculares como o The New York Time, que propalou infâmia contra o pontificado de Bento XVI, podem até ultrapassar um século - ou muitíssimo raramente chegar a dois - mas, como todas as demais instituições humanas, jamais chegarão a um milênio, visto que tudo o que o homem constrói, ele mesmo destrói...

Mas, o homem, não pode, contudo, mesmo que sempre tente, destruir o que é construído por Deus... eis a razão de a Igreja vencer a inigualável marca de ser uma instituição que já atravessou dois milênios...

Talvez haja aqui uma razão profunda que explique a intolerância da tão fragorosa imoralidade do século contra desvios morais localizados e minoritários de algumas pessoas no âmago da Igreja: a sua indestrutibilidade, não obstante tantas falhas cometidas por alguns de seus integrantes (o que não implica, em absoluto, que a Igreja em seu conjunto seja conivente com tais erros. Ela acolhe os pecadores arrependidos de seus pecados e segue abominando o pecado)... Contra Ela, portanto, as portas do inferno jamais prevalecerão...

Fato é: as instituições do mundo sucumbem com o passar dos séculos e a Instituição Divina se fortalece atravessando milênios... não há dúvidas, isto é “irritante” para a lógica cética...

Diante disto, como pensar que não haja má fé e propaganda enganosa nas manchetes que procuram vincular a Igreja e seu principal líder ao desmando moral, por causa do infeliz e repudiável erro localizado de gente igualmente marcada por história infanto-juvenil tão semelhante à de qualquer outro que enfrentou no seu passado a brutal violência contra sua cândida inocência, guardando em sua memória mais profunda as marcas escravizantes de traumas muitas vezes dificílimos de serem superados?

De outra feita, como podem as mass media esfregarem diuturnamente na vista (e ouvidos) dos espectadores, uma tempestade de nádegas e silicones, traquejos afeminados de gente vacilante com relação à sua própria constituição ontológica de gênero - através de uma opção sexual que rompe as fronteiras biológicas -, além de uma enxurrada de cenas e palavras de altíssimo conteúdo pornográfico, como sendo coisa normal e, depois, fazer discursos rubros de indignação quando as pessoas, estimuladas por tão decadente programação, ultrapassam a barreira da perversão "consentida" para a perversão inaceitável?

Como podem os apresentadores de televisão aprovar tão facilmente a opinião de tantos figurões do liberalismo moral, concedendo-lhes o tapete vermelho dos horários chamados "nobres", para montar um circo para lá de plebeu, e, depois, ter a audácia de usar desse mesmo espaço para manchar a dignidade e integridade de personalidades que dedicam sem tréguas a vida pelo bem comum, como um religioso do galardão do Papa Bento XVI?

Ah, sim... entendi...

Se o Papa Bento XVI fosse progressista liberal, favorável a tudo que atenta contra a boa moral, a saber: casamento homossexual, aborto, eutanásia, mercantilismo genético, adoção de crianças inocentes por pervertidos sexuais do mesmo sexo, incentivo à permissividade televisiva das novelas e dos big broder's ou das promiscuidades hollywoodianas, etc, etc, etc (lista sem fronteiras) - enfim, se o Papa fosse um relativista moral ou um Pedro apresentador... ah, bom... neste caso ele seria ovacionado, invés de vaiado. Aplaudido, invés de hostilizado. Promovido, invés de relegado...

Se o Papa fosse um Pedro pop - no sentido da vulgaridade "artística" - certamente seria um homem de hábitos nada conservadores e comportamento igualmente leviano e não o homem erudito com exímia carreira religiosa, como sua vida o atesta. Mas, neste caso, se o Papa fosse este indivíduo preocupado com a indústria da imagem que faz fortuna fácil a troco de "paz" (aqueeeela "paz" dos revolucionários latino-americanos - precursores do terrorismo atual - que empunhavam metralhadoras, explodiam lugares públicos e assaltavam bancos [sic!]) e "amor" (aqueeeeele "amor" testemunhado por gente que troca de parceiro como troca de figurino [sic!])... Ah sim... se o Papa fosse esse libertino da moralidade "avançada", neste caso, suas possíveis "escapadinhas", seriam prontamente defendidas a unhas e dentes por esta gente, sob o pretexto dos que esbanjam glamour dizendo: "como todos nós ele tem direito à privacidade"...

Ou, se o Papa fosse idolatrado como os pop stars da música ou do futebol, mesmo que fosse flagrado em relações abertas com o pessoal do tráfico, teria que ter a imagem poupada em certa medida, por veículos que dependem do patrocínio dos mesmos que vinculam suas marcas aos contratos multimilionários dos craques que são imperadores no mercado futebolesco, por exemplo... E nada disso seria considerado hipocrisia, afinal, consentir com o erro é acerto, desde que haja patrocínio e compartilhamento na prevaricação moral vendável... Errado, ao que parece para tal padrão de permissibilidade midiática, é indicar o caminho moralmente honesto, mesmo admitindo que os homens poderão escolhê-lo ou ignorá-lo, conforme sua liberdade de escolhas...

Seja como for, fato é: nenhum outro lugar no mundo oferece aos homens, bons ou maus, que erram muito ou que erram menos - afinal, todos erram - a oportunidade de derramarem, como na Igreja, suas angústias e lamentações, dores e decepções, e saírem com a alma lavada por confidenciar suas incoerências existenciais, despejando no ouvido dos padres suas lamúrias e luxúrias, na tentativa de se tornarem pessoas melhores, sem pagar um vintém por isto... Aliás, minto, há sim, a religiosidade atéia dos divãs ou das terapias compradas... é só desembolsar uns tostões que se adquire com facilidade não uma absolvição divina, mas, um “cala boca” de consciência mesmo...

Noooossa... quanta vociferocidade! Hão de dizer os tupiniquins do supra referido "paz e amor" da geração que entende que permitir tudo é a liberdade plena, desde que não se permita tão somente colocar limites necessários para a saúde social do homem... vai entender???!!!...

Mas, certifiquem-se, estou calmo.

E não há ódio nem raiva em minhas palavras nem em meus brios, feridos sim, mas não colérico.

E, garanto, em nome da verdade que subsiste em si mesma e não precisa de homem algum – tampouco de mim - para ser o que ela é: a pujança dessas palavras não é sequer digna de representar a Justiça Divina que aguarda a todos nós, especialmente aqueles que tão temerariamente maquiam o mal com os tons bonachões do “vale tudo” moral e borram o bem com caricaturas vampirescas...

É... a Semana Santa atualiza ano a ano os passos de Cristo na História... E, a Igreja, sobretudo, através de seu atual Pontífice, o Papa Bento XVI, repete pari passu as pegadas do Crucificado...

Isto acontece por causa do egoísmo humano que, na hora de reclamar as necessidades materiais, bem estar e saúde, buscam o consolo do Cristo que está Vivo - porque assim o quis - na Igreja, tanto quanto Ele está no Céu, à Direita de Deus Pai, donde virá para julgar os vivos e os mortos... Pois, na hora de exigir de Deus a ilusão das conquistas terrenas, os homens lançam em terra (ou fingem lançar) o manto de seus desejos de nobreza e abanam palmas de louvação, pensando dissuadir Deus para seus intentos temporais egoístas e repletos de ambição e vaidade, em detrimento da Salvação escatológica...

Mas, quando estes mesmos homens não obtém, estrito senso, aquilo que delimitaram através de suas expectativas, passam de “humildes” pedintes da ajuda divina à ressentidos “traídos” no egoísmo da vontade própria pelo Todo Soberano, substituindo num estalar de dedos as orações de súplicas e a louvação a Deus, pela pretensiosa sanha de “acusadores” do Altíssimo com perguntas insanas do tipo: ‘onde está esse deus que permite tanto mal no mundo?’...

Bom lembrar: males estes que são sempre causados e esparramados pelo próprio homem, hoje, com a tutela do poder de Estado – que se institui à custa do relativismo moral - e com a promoção “ingênua” dos veículos de comunicação de massa, que, “apenas”, alegam vender o que a humanidade decaída deseja consumir...

É triste concluir que tal orquestração em seu conjunto subliminar é quase uma invocação a Satanás, com gritos de ódio dirigidos contra a Igreja: crucifica-a, crucifica-a...

A partir de tudo isto podemos afirmar que a Igreja repete na história os quatro principais lugares do Cristo padecente, tão claros no ambiente daquela semana que tornou-se Santa e Sagrada para a infeliz história da recalcitrância humana:

· o deserto: depois que Caifás "profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos" (Jo 11, 51-52), "retirou-se para uma região afastada, perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com seus discípulos." (Jo 11, 54b). Certamente foi se preparar para cumprir a razão de Sua vinda, profetizada pelo Sumo Sacerdote: "Vós não entendeis nada. Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?" (Jo 11, 49b-50);

· o horto: depois de não atender as espectativas messiânicas da amizade apostólica de Judas (amigo do poder, da fama e do dinheiro), amarga a solidão até dos apóstolos mais próximos (valei-vos Deus, Santo Padre, Vigário de Cristo na Terra), que dormem enquanto Ele agoniza rezando até ter uma convulsão interior suando e vertendo lágrimas de sangue, tamanha dor existencial e decepção com a falta de altruísmo verdadeiro do espírito humano;

· o patíbulo: onde a pressão contra o Desígnio Divino ganha forma de tortura na tentativa insana de dissuadir a Vontade Divina a curvar-se diante da vontade humana;

· o Gólgota: que se faz palco dos extertores da história para crucificar os outros Cristos e Seu Corpo Místico, a Igreja;

Sabemos, com certeza, que não é a primeira vez na história que a Igreja é tratada pelo século como Cristo foi tratado pela convergência das eras em seu tempo, contudo, não sabemos ainda se será a derradeira. Uma diferença há, desta, para as outras vezes que a Igreja repetiu na história a mesma resposta à Deus Pai dada por Cristo, Sua Cabeça: hoje, num mundo global, interligado pelos meios de comunicação, a Paixão da Igreja é, na história, mais universal do que foi – para ela mesma - no mundo globalizado à época do Império Romano...

Viva a Igreja e seu Papa, o Pedro que não é pop, mas, julgado e temerariamente condenado pelo ódio midiático, vai esparramando sementes de ressurreição da Verdadeira Fé Católica, a Única Igreja Fundada por Cristo e adquirida no tempo e no espaço ao preço do Sangue Inocente do Único Verdadeiro Homem que, ao lado da Mãe Virgem, não conheceu o pecado em nenhum de seus aspéctos, embora, tenha assumido sobre Si, todos eles.

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN



[1] as disfunções hormonais são casos de exceção e devem ser consideradas como tais, não como regra geral, visto que a homossexualidade emerge, via de regra, por padrões comportamentais adquiridos por N razões sócio-familiares, o que, de per si, também faz vítimas os indivíduos biologicamente definidos por gênero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário