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Bem vindos ao blog do Frei Flávio Henrique, pmPN

Caríssimos(as),
é, sim, nosso objetivo, "provocar" a reflexão para poder confrontar o modelo mental instalado e o paradigma de conhecimento que se arrasta há mais de cinco séculos, na esteira do renascentismo, do humanismo, da reforma protestante, do iluminismo e de todo processo de construção do conhecimento que atenta contra a Razão sadia - que inexiste sem o discurso metafísico - e contra a Verdadeira Fé, distorcida pelos pressupostos equivocados das chamadas nova exegese e nova teologia. (Ler toda introdução...)


* "PROVOCAÇÕES" MAIS ACESSADAS (clique no título):

*1º Lugar: Arquidiocese de Juiz de Fora reconhece avanço da Obra do Pater Noster...

*2º Lugar: Lealdade, caráter e honestidade... no fosso de uma piada!

*3º Lugar: Fariseu ou publicano, quem sou?

*4º Lugar: Retrospectivas e balanços de fim de ano...

*5º Lugar: “A sociedade em que vivemos”: um big brother da realidade...

* "PROVOCAÇÕES" SUGERIDAS:

*Em queda livre na escuridão...

*Somos todos hipócritas... em níveis diferentes, mas, hipócritas!

*Vocação, resposta, seguimento...

*O lugar da auto piedade...

*A natureza íntima da corrupção...

domingo, 14 de abril de 2013

A Verdade interior deve crucificar a vaidade, permanentemente...


Dada a prevalência dominante das múltiplas perspectivas dos falsos cristianismos, que varrem a terra desde aqueles extremos que imaginam - semi-hereticamente - que a Benção de Deus consiste meramente em realizar ou receber milagres terrenos, tanto quanto aqueles outros extremos, na outra ponta da presunção religiosa, que imaginam - semi-cismaticamente - que a Benção de Deus está sobre os que realizam as inquisições intelectuais contra os Sacerdotes de Cristo, devo admitir: rendo-me, inteiro, à Cruz...

Ah... se não fosse a Cruz... a Cruz de Cristo a não nos deixar desanimar...

Ah... se não fosse o Crucificado... o Crucificado a nos indicar por onde devemos seguir se desejarmos Sua Amizade verdadeiramente íntima, desde já e por toda eternidade...

Ah... se não fosse a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica... a única religião do mundo que vê no sofrimento uma possibilidade de realização para além da vida e para além da morte...

Ah... se não fosse o Sacerdócio... único modelo de líder religioso a não enganar os homens com falsas esperanças de felicidade neste mundo, sem, contudo, perder a esperança e a alegria de viver nesta terra dominada pela opressão e inimizade a Deus...

Ah... se não fossem as Cruzes Paulinas e Joaninas, que, cada qual a seu modo, carregam para que a Obra de Deus prossiga distribuindo Graças Sobrenaturais para a cura das almas e dos corpos através de um Ministério crucificado num pavoroso sentimento de ausência de méritos...

Ah... Cruz... Cruz... Cruz... Santíssima Cruz!

Se não fosse o Filho de Deus deixar-Se pendurar numa Cruz pavorosamente injusta, como faríamos para não nos revoltarmos com tudo que acontece em nossas vidas e a nossas voltas???

Sim, nós nos revoltaríamos... a pesar de – ao menos em parte - merecermos os nossos sofrimentos como consequência de nossas miseráveis inclinações para o pecado...

Mas, ao olharmos o sofrimento perfeitamente sem culpa alguma de Nosso Senhor, somos obrigados a crucificar, sim, nossas revoltas internas...

De modo algum, elas, as revoltas interiores, podem sobreviver... por nenhum motivo, por nenhuma razão, mesma que pareça "justa"... que morram, todas elas, quaisquer que sejam, CRUCIFICADAS!

Não, não temos direito algum de alimentar com o nosso livre arbítrio qualquer ponta, qualquer nesga, qualquer CONsentimento revoltoso, por mais que nossas vísceras estremeçam de contrariedade ou indignação...

Melhor tremer de fraqueza de tanto se resignar, que estremecer de raiva de tanto se revoltar...

É assim que vamos conseguir expulsar de dentro de nós o inferno habitado por espíritos revoltosos, empanturrados do amor idolátrico às particularidades da criação... do amor a si mesmo ou a qualquer outro mais que a Deus... ou mesmo o amor às ideias sobre Deus (pura pretensão de "conhecimento" de Deus), mais que amor ao Conhecimento Verdadeiro de Deus (pura entrega à Vontade de Deus, único a governar, de fato, a História, mesmo em meio ao aparente caos que salta aos nossos olhos míopes e cheios das escamas - do orgulho intelectual ao orgulho espiritual)...

É assim que vamos conseguir conservar dentro de nós o Céu onde descansa em paz a alma resignada em perfeita comunhão de santidade e unidade fraterna com qualquer espírito - em Cristo - que prioriza o Divino Amor, abastadas que estão do Amor de Deus... do Amor Deus!...

Amor que nasce, cresce e permanece onde morrem as convicções próprias...

Devem, sim, morrer crucificadas, essas convicções próprias - cheias de crenças ou de ceticismo -, enfim, onde a vaidade inchada em forma de conhecimento acumulado - sobre opiniões e certezas a respeito do sagrado -, devem se esvaziar no abandono da Cruz para, felizmente, fazer cair de nossos olhos cerrados para a realidade que nos escapa, as escamas da presunção espiritual...

Quais escamas?

Aquelas do tipo que fazem os indivíduos crerem num estapafúrdio equívoco de que: "sabendo" mais sobre as coisas santas ou praticando mais virtudes excelsas, estarão “autorizados” a “desautorizarem” o que Deus mesmo Autorizou através daqueles únicos a quem, de fato, outorgou Autorização...

São desnecessariamente firmes estas palavras?

Nesta linha de raciocínio, outras questões são pertinentes:  

Fazem doer penosamente o orgulho ferido de quem entregou a alma a um destes modelos de falso cristianismo dentro e fora da Santa Igreja de Deus?

Quem, afinal, são os únicos depositários Autorizados por Deus a jamais ligarem entre Céu e Terra as pseudo "desautorizações" orgulhosamente intelectuais?

Às duas primeiras questões, deixo como indicação reflexiva para uma honesta resposta a conclusão ao final...

Quanto à terceira questão, "provocaremos", ainda, numa continuação deste post, o bom senso daqueles que não costumam usar o desejo de humildade - não alcançada - como pura maquiagem para despejar, com ódio, sobre os AUTORIZADOS POR DEUS, o fruto de sua doença espiritual, a saber: o orgulho da prática de meia dúzia de virtudes e a presunção intelectual de outra meia dúzia de livros mal lidos...

Mas é isto... esta é a realidade que destrói, a partir de dentro, o homem. Realidade esta que, ao invés, deveríamos destruí-la permanentemente em nós... e destruí-la na Cruz, pela Cruz e com a Cruz!

Quanto aos melindres causados pela crueza das palavras usadas aqui como honestas “provocações” do pensamento, fica uma advertência não menos crua: aqueles que se sentirem demasiadamente “dodóis” com a necessária pujança da verdade – não contra pessoas, mas contra ideias e sentimentos equivocados no interior da alma – melhor não lerem a sequência deste post... nela, a severidade caridosa da verdade dividirá, seguramente, a consciência em duas possibilidades: uma para unir a vontade de modo resignado a Deus, outra para dividir (= diábulos), ainda mais, a vontade de modo revoltoso à toda inimizade estabelecida contra Deus.

Pe. Frei Flávio Henrique, pmPN

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